Este ano comemora-se meio século de democracia e é lamentável que ainda persistam laivos do antigamente, que os profissionais da GNR ainda não possuam o direito de organização sindical, que ainda estejam sujeitos ao Código de Justiça Militar, apesar de integrarem uma força policial.
E, se os profissionais da GNR, enquanto agentes da segurança pública têm como missão primordial garantir a legalidade democrática é lamentável que não tenham o devido reconhecimento, designadamente por via de uma carreira digna, como métodos de progressão justos que não assentem em critérios avaliativos de natureza subjectiva.
Os profissionais da GNR são o rosto do estado democrático junto do cidadão e sabem que só a democracia é compatível com uma sociedade humanizada, com o respeito por direitos, liberdades e garantias conquistados com Abril.
Também porque o direito à segurança e tranquilidade públicas são direitos democráticos e porque, enquanto estrutura do associativismo profissional a APG/GNR é também, só por si reflexo de democracia, a Associação dos Profissionais da Guarda não podia deixar de participar nas celebrações do 25 de Abril, pelo queapela, desde já, à participação dos profissionais da GNR nos desfiles comemorativos que terão lugar nas cidades do Porto e Lisboa.
Os profissionais da GNR não têm memória curta e no próximo dia 25 irão relembrar os valores de Abril, que têm poder reivindicativo, que exigem o cumprimento de valores democráticos basilares, como o direito de associação sindical.
Lisboa, 23 de Abril de 2024
A Direcção Nacional