A Plataforma regozija-se com a elevada adesão de participantes na iniciativa ocorrida ontem na Praça do Comércio, demonstrativa da união e coesão dos profissionais das Forças de Segurança (FS), alavancada por um tratamento inconcebivelmente desigual perpetrado pelo governo português e que feriu, no seu âmago, os mais de 43.000 fantásticos profissionais das FS.
A deslocação até às imediações do Cineteatro Capitólio não foi considerada, muito menos organizada, pela Plataforma. Não obstante, não podemos deixar de enaltecer a forma pacífica como decorreu a deslocação, sem qualquer registo de episódios que possam manchar a imagem e profissionalismo dos seus participantes, que, mais uma vez, fizeram-se ouvir com sobriedade e elevação.
Os profissionais das FS, em torno da sua Plataforma sindical/associativa, constituída a 06 de dezembro de 2023, com a exclusiva missão de repor a desigualdade de tratamento motivada pela atribuição do suplemento de missão aos profissionais da PJ, deu corpo à vontade dos seus representados, e desde essa época tem reivindicado, pelas mais diversas formas e com elevada frequência, o mesmo direito, conseguindo obter quase uma unanimidade de opinião pública em favor desta posição.
Chegados aqui, em jeito de balanço, devem os profissionais da GNR e PSP ser reconhecidos pela forma exemplar como têm conseguido reivindicar os seus legítimos direitos, sem lesarem, em nenhuma circunstância, o Estado de Direito Democrático. Ninguém pode ficar indiferente à correção e dimensão das grandes manifestações de Lisboa e Porto, que espelham bem a unidade histórica destes profissionais, das Nossas Pessoas e Camaradas.
Por opção do atual governo, apática e não explicada até ao momento, o foco e a nossa determinação passarão para a próxima solução de governo. O seu tempo impõe a esta Plataforma a gestão das expetativas dos seus representados.
Não ficando indiferentes e levando em conta as palavras de solidariedade do Sr. Presidente da República, a qual o vinculará certamente, entendemos ser o momento para o debate político, campanha eleitoral e o regular exercício da democracia, empenhando todo o nosso esforço naquela que é a nossa missão profissional de contribuir decisivamente para o regular processo eleitoral.
Relativamente ao encontro nacional de polícias, agendado para dia 2 de Março iremos adiar esse mesmo encontro para o pós 10 de Março, já num novo quadro político, não deixando obviamente de manter acesa a chama da nossa legítima, justa e incontornável reivindicação. No entanto, a Plataforma manterá a reivindicação do suplemento de missão, através de ações de luta a outros níveis, sendo ela que marcará a diferença no futuro de todos vós e destas seculares instituições.
Passado o dia 10 de março, podem os eleitos, por princípio, contar com o regresso em força das nossas reivindicações, alicerçadas na exigência da reposição de uma das maiores injustiças alguma vez praticada na esfera da nossa governação, solicitando uma audiência imediata ao futuro líder do Governo tendo em vista, como prometido amplamente por todos, a resolução imediata desta desigualdade, esperando que possa constituir o pontapé de saída para a resolução consequente do miserabilismo que se tem instalado em torno das nossas carreiras e que tem afastado as novas gerações de carreiras tão nobres quanto a Nossa.
#Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR